Crítica do livro: Vicente Falconi - O que importa é o resultado
Além da biografia "Vicente Falconi - O que importa é o resultado", tive a oportunidade de ler mais 3 livros do Professor Falconi:
Ao terminar de ler todos eles, tive o mesmo sentimento de indignação.
Sou formado em Administração pela UnB (Universidade de Brasília) e a impressão que tenho é que grande parte do que estudei nos 4 anos deste curso foram conhecimentos inúteis para o dia a dia de um profissional. Se o curso focasse em ensinar os conceitos pregados pelo Professor Falconi, adicionando bons estudos de caso, acredito que a universidade teria formado gestores muito mais capacitados para o mercado de trabalho.
Se você quer aprofundar os seus conhecimentos de gestão e começar a entrar no "mundo" do Professor Falconi, sugiro que comece lendo esta ótima biografia que conta vários desafios de gestão enfrentados na Ambev, Sadia e outras grandes empresas brasileiras.
A autora do livro é Cristiane Correa, que também produziu as ótimas biografias, "Sonho Grande" com a história de Jorge Paulo Lehman, Marcel Telles e Beto Sicupira, e Abílio que conta em detalhes a briga societária entre Abílio Diniz e a Casino.
Para que você tenha um gostinho do livro, deixo aqui o "Decálogo" de Vicente Falconi:
Sem medição não há gestão.
Cada chefia deve ter entre três e cinco metas prioritárias, nunca mais do que isso. As prioridades devem ser sempre estabelecidas dentro de cada nível gerencial, de preferência por um critério financeiro.
As métricas financeiras são as principais não só para empresas mas também para governos e até para igrejas. Nada existe sem recursos financeiros.
Problema é a diferença entre a situação atual e a meta.
Alta rotatividade de funcionários é inaceitável numa empresa. Indica a insatisfação das pessoas com as condições de trabalho e equivale a um vazamento de informações da empresa.
Liderar é bater metas consistentemente, com o time fazendo o certo.
Demitir quando necessário. Afastar 5% a 10% por ano daqueles mais mal avaliadso do time, abrindo espaço para novos valores e dando oportunidade para que os demitidos encontrem tarefas em que sejam mais felizes e valorizados.
Desculpas não constroem uma organização e são patéticas.
Dentro de uma organização, uma pessoa deve ser constantemente desafiada a buscar conhecimentos novos, e isso é feito por meio de metas ou de mudança de cargo, de forma a criar desconforto.
Os resultados do passado não servem para o futuro.
Artigo publicado originalmente no blogdoplanejador.guidelife.com.br, e no LinkedIn.